sexta-feira, 8 de julho de 2011

Respostas Watch N' Ask

Pergunta de Obesidade para Colesterol:

Foi falado que o ômega3 e o ômega6 reduzem  a concentração de LDL no sangue e aumentam a de HDL. Como esse processo ocorre?
O ácido linoléico é o precursor do ácido araquidônico e γ-linolênico, todos da família ômega-6. As principais fontes alimentares desses ácidos graxos são óleos vegetais de soja, milho e girassol. A substituição isocalórica dos ácidos graxos saturados por ácidos graxos poliinsaturados reduz o LDL plasmático. Entretanto, se em grande quantidade, induzem maior oxidação lipídica e aumentam o catabolismo de HDL por diminuírem a produção de apoproteína AI, que é a principal apoproteína do HDL.  Os ácidos graxos da família ômega-3 são o α- linolênico, eicosapentaenóico e docohexaenóico, e encontram-se respectivamente nos vegetais: soja, canola e linhaça; e nos peixes de água fria.  Eles promovem redução dos triglicerídeos plasmáticos por diminuírem a síntese hepática de VLDL, aumentando o HDL.

Pergunta de Neurotransmissores para Colesterol:
Como o cigarro modifica a parede dos vasos de modo a aumentar a afinidade pelo colesterol?
O que ocorre é que a fumaça do cigarro por ser rica em ferro, catalisa a oxidação de LDL que são as lipoproteínas de baixa densidade e dessa forma o colesterol é estimulado a internalizar nos macrófagos que acabam se convertendo em células espumosas, contribuindo para a formação da placas de ateroma, que consiste de um depósito de gordura na superfície interna das paredes das artérias.

sábado, 2 de julho de 2011

Colesterol e a Vitamina D

Nesse post vou mostrar a relação do colesterol com a vitamina D, que é um grupo de pró-hormônios lipossolúveis importantes na manutenção do nível de cálcio no sangue e dessa forma acaba sendo essencial para a formação dos ossos e dentes. Além disso, é importante para as funções metabólicas, musculares, neurológicas e cardíacas do organismo e atua no sistema imune e na secreção de insulina pelo pâncreas. Com deficiência de vitamina D, são grandes as chances de adquirirmos doenças relacionadas aos ossos, como a osteomalácia e a osteoporose. Alguns estudos também relacionam a deficiência de vitamina D ao desenvolvimento de diabetes tipo 1 e de algumas doenças crônicas como tuberculose e câncer.

Como eu disse a vitamina D consiste em grupo de pró-hormônios, e as duas principais formas da vitamina são a D2(Ergocalciferol) e a D3(Colecalciferol). Elas podem ser adquiridas através da alimentação ou pela irradiação solar dos raios UVB respectivamente, e poucos são os alimentos que possuem naturalmente vitamina D em sua composição, entre eles estão peixes como salmão e cavala. Também é possível encontrar em leites fortificados, ovos e manteiga, porém a quantidade é muito pequena e a principal fonte de vitamina D pro nosso organismo acaba sendo feita pela radiação UVB. Mas como ocorre essa obtenção de vitamina D através dos raios solares? Essa é mais uma situação em que o colesterol exerce um papel importante em nossas vidas, pois o colesterol existente nas glândulas sebáceas da pele se converte em 7-desidrocolesterol e a partir deste é sintetizada a vitamina D3.

O 7-desidrocolesterol é fotolisado pela luz UVB e é convertido na pró-vitamina D3, e através de uma isomerização é formada a vitamina D3, porém ela não está biologicamente ativa, sendo apenas armazenada na pele. De lá a vitamina D3 é transportada para o fígado na corrente sanguínea, aonde é hidroxilada pela enzima “vitamina D25-hidroxilase” originando a 25-hidroxivitamina D3 (Calcidiol).
O calcidiol no entanto também não está biologicamente ativo, sendo necessário uma hidroxilação desta nos rins para ser transformada em 1,25 diidroxivitamina D3, chamada de calcitriol. Essa sim está biologicamente ativa e pronta para ser utilizada pelo organismo.
Uma pessoa com acesso de forma regular a luz solar não precisa de uma dieta alimentar para se adquirir vitamina D, pois como podemos ver ela é endogenicamente produzida a partir do colesterol. Pessoas que têm pouco acesso a luz solar podem estar suprindo a necessidade de vitamina D através dos alimentos já citados ou por suplementação.

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Lipoproteínas

As lipoproteínas permitem a solubilização e o transporte dos lipídeos, os quais também estão presentes em sua composição. Além dos lipídeos, as lipoproteínas são compostas por proteínas denominadas apolipoproteínas (apos). Uma das funções das apos funções no metabolismo das lipoproteínas é a formação intracelular das partículas lipoprotéicas, como é o caso das apos B100 e B48. Algumas funcionam como ligantes a receptores de membrana como as apos B100 e E, e outras como co-fatores enzimáticos, como as apos CII, CIII e AI.

As lipoproteínas constituem quatro grandes classes, divididas em dois grupos. O primeiro grupo é formado pelas lipoproteínas chamadas quilomícrons, que são ricas em triglicerídeos, são maiores e menos densas e são de origem intestinal; também faz parte desse grupo as VLDL, lipoproteínas de muito baixa densidade e que têm origem hepática. O outro grupo é constituído pelas lipoproteínas ricas em colesterol: as que possuem baixa densidade (LDL) e as que possuem alta densidade (HDL). Existe ainda outra classe de lipoproteínas de densidade intermediária (IDL) e a lipoproteína (a) [Lp (a)], a qual é formada a partir da ligação covalente de uma partícula LDL à apoproteína (a).

Os quilomícrons transportam os lipídeos vindos da dieta e da circulação entero-hepática, os quais são absorvidos pelo intestino. O conteúdo de colesterol é regulado no fígado através de três mecanismos principais: I) síntese intracelular do colesterol; II) armazenamento após esterificação; III) excreção pela bile. No lúmen do intestino, o colesterol é excretado como ácidos biliares ou na forma de metabólitos. São reabsorvidos metade do colesterol biliar e aproximadamente 95% dos ácidos biliares, os quais retornam ao fígado pelo sistema porta-hepático.

O transporte de lípideos vindos do fígado hepática se dá por meio das VLDL, IDL e LDL. Os triglicérideos presentes nas VLDL, assim como os dos quilomícrons, são hidrolisados pela lipase lipoprotéica. Esta enzima é estimulada pela apo CII e inibida pela apo CIII. Nesse processo de hidrólise, são liberados ácidos graxos livres e monoacilglicerol. Os ácidos graxos vão para os tecidos e são metabolizados. Por ação da lipase lipoprotéica, os quilomícrons e as VLDL, vão perdendo seu conteúdo de triglicerídeos, sendo assim transformados em remanescentes, os quais também são removidos pelo fígado por receptores específicos.

Uma parte das VLDL dá origem às IDL, que são removidas rapidamente do plasma. Continua o processo catabólico, o qual envolve agora a ação da lipase hepática e traz como resultado as LDL, que permanecem durante bastante tempo no plasma. Esta lipoproteína contém apenas um conteúdo residual de triglicerídeos, sendo composta principalmente por colesterol e uma única apolipoproteína, a apo B100.

As LDL são removidas pelo fígado através dos receptores B/E. A expressão desses receptores é a principal responsável pelo nível de colesterol no sangue e depende da atividade da enzima hidroxi-metil-glutaril (HMG) CoA redutase. Esta última é a enzima intracelular essencial para síntese do colesterol hepático. Dentro das células, o colesterol livre é esterificado por ação da enzima acil colesterol-acil transferase (ACAT), com o objetivo de ser estocado para depósito.

Por meio da proteína de transferência de colesterol esterificado, as VLDL trocam seus triglicerídeos por ésteres de colesterol com as HDL e LDL. As partículas de HDL são formadas no fígado, no intestino e na circulação e é composta principalmente por proteínas, em especial as apos A1 e A2. O colesterol livre da HDL, que vem das membranas celulares, é esterificado por ação da lecitina-colesterol-aciltransferase (LCAT), a qual possui a apo A1 como co-fator enzimático. O processo de esterificação do colesterol, que ocorre principalmente nas HDL, é fundamental para sua estabilização e transporte no plasma, no centro desta partícula. A HDL realiza o transporte reverso do colesterol, ou seja, transporta o colesterol dos tecidos periférico até o fígado onde é captado pelos receptores SR-B1. Neste transporte, é importante a ação do complexo "ATP Binding Cassete" A1 (ABC-A1), o qual facilita a retirada do colesterol da célula pelas HDL. A HDL também é responsável pela remoção de lipídeos oxidados da LDL, inibição da fixação de monócitos moléculas de adesão no endotélio, contribuindo assim para a proteção dos vasos contra a aterogênese.

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Deslipidemias primárias

O acúmulo de quilomícrons e/ou de VLDL no plasma resulta em hipertrigliceridemia e é resultado da diminuição da hidrólise do conteúdo de triglicérideos presente nestas lipoproteínas. Essas alterações metabólicas podem ser causadas por variantes genéticas das enzimas ou apolipoproteínas relacionadas a estas lipoproteínas.

O acúmulo de lipoproteínas ricas em colesterol como a LDL no compartimento plasmático acarreta em hipercolesterolemia. Este acúmulo pode ocorrer devido a doenças monogênicas, em particular, por defeito no gene do receptor de LDL ou no gene da apo B100. Uma série de mutações do receptor de LDL foi detectada em portadores de hipercolesterolemia familiar, sendo que algumas causaram redução de sua expressão na membrana e outras, deformações na sua estrutura e função. Mutação no gene que codifica a apo B100 pode causar deficiência na anexação da LDL ao receptor celular, causando assim hipercolesterolemia através da deficiência no acoplamento da LDL ao receptor celular. O mais comum é a ocorrência de hipercolesterolemias poligênicas, resultado de mutações em múltiplos genes envolvidos no metabolismo lipídico. Nestes casos, a interação entre fatores genéticos e ambientais determina o fenótipo do perfil lipídico.

terça-feira, 28 de junho de 2011

A Dieta dos Esquimós

Os esquimós constituem uma população que vive no ártico e são conhecidos por ser o povo que mais ingere gordura no mundo. Isso nos dá a impressão de que os esquimós possuem uma péssima saúde, pois além de serem os que mais consomem gordura, sua dieta costuma ser muito pobre em cereais, leguminosas e fibras. O que acontece é que quando pensamos em gordura, os alimentos que vêm na nossa cabeça são fast-foods, frituras e batatas fritas. Dessa forma acabamos nos esquecendo que alimentos como salmão e peixes de água fria também são considerados alimentos gordurosos, e esses alimentos fazem parte da dieta dos esquimós, além da carne de foca.

Esses alimentos gordurosos que fazem parte da dieta dos esquimós possuem em sua composição uma alta concentração de ácidos gordos poliinsaturados que são da classe dos linolênicos (ômega-3) além de consumirem também uma boa quantidade de ômega-6. Dessa forma os esquimós acabam tendo os níveis de colesterol baixos, pois esses tipos de gordura acabam restabelecendo os níveis de equilíbrio de gordura para níveis não inflamatórios. Assim, esses óleos oferecem um efeito super protetor sobre a circulação, reduzindo os níveis de colesterol nocivo e a tendência a formação de coágulos. Por isso, os esquimós acabam tendo baixos índices de problemas cardíacos e doenças coronárias, possuindo assim muito vigor e uma boa saúde.

Pode-se dizer que os esquimós possuem uma menor incidência de doenças como ateroscleroses e dislipidemias por consumirem alimentos que auxiliam na prevenção dessas doenças. Essa seria uma forma de tratar de patologias relacionadas ao colesterol com menores gastos, no caso de pessoas que possuem problemas com colesterol e não têm condições de adquirirem estatinas por exemplo. 

domingo, 12 de junho de 2011

A Importância do Colesterol

OPAAAA!! Voltei galerinha!
Resolvi fazer esse post pra tirar a má impressão que as pessoas costumam ter em relação ao colesterol. Apesar ser tão temido por todos por ser causador de várias patologias, é indispensável ao organismo humano, sem eles nós não podemos realizar várias funções do organismo.
O colesterol presente no organismo pode ter vários destinos diferentes, no geral ele pode ser um componente estrutural de membranas, funciona como um sintetizador de ácidos biliares, é o precursor da vitamina D, além de ser a substância fundamental para a formação dos hormônios esteróides. A figura abaixo mostra os rumos que o colesterol pode tomar no organismo.
Em primeiro lugar, o colesterol constitui um fator adicional de regulação da fluidez das membranas, devido ao fato de suas moléculas se intercalarem na bicamada lipídica pois a parte hidroxila interage com os grupos polares dos fosfolipídeos e os anéis esteroídicos interage com as cadeias carbônicas. Dessa forma ocorre um aumento da rigidez na porção periférica das membranas, é o colesterol que deixa firme a membrana das células.O colesterol também têm sido relacionado aos processos de sinalização celular.
Em relação aos ácidos biliares, são esteróides sintetizados no fígado por reações que consomem NADPH, O2, acetil-CoA e ATP, essas reações são agrupadas em quebra das duplas ligações do colesterol, isomerização e hidroxilação. O que ocorre no fígado quando a quantidade de sais biliares está baixa ou o nível de colesterol está muito elevado é que o colesterol recebe um grupo hidroxila e passa a ser chamado de 7 α-hidroxicolesterol que por sua vez pode se transformar em Colil-Coa ou em Quenodesoxicolil-CoA, dessa forma os ácidos se associam a glicina e a taurina por ligação amídica e são secretados na vesícula biliar e de lá vão para o duodeno exercendo a importante função de de absorção de vitaminas lipossolúveis e de emulsificação das gorduras que é o processo de misturar com água para que as enzimas digestivas possam chegar até as gorduras.
Os Hormônios esteróides realizam várias funções no corpo humano como a produção de energia, regulagem do metabolismo, e estão relacionados ao nosso comportamento nossas emoções e a reprodução. São formados por clivagem da cadeia lateral e oxidação do colesterol. No córtex da glândula adrenal são sintetizadas duas classes de hormônios esteróides, os mineralocorticóides que são responsáveis pela reabsorção de íons inorgânicos pelos rins e os glicocorticóides sendo esses responsáveis por auxiliar na regulação da gliconeogênese. Já os hormônios sexuais são produzidos nas gônadas, são a progesterona envolvida com a regulação do ciclo reprodutivo feminino os androgênios que estão relacionados com o desenvolvimento das características sexuais masculinas, e os estrogênios envolvidos com as características femininas.
Uma etapa necessária é a transformação do colesterol em pregnenolona e está por sua vez é formada a partir da retirada de uma unidade 6C da cadeia lateral do colesterol, pois todos os hormônios esteróides são compostos por apenas 21 carbonos e já o colesterol é composto por 27, o mecanismo é a hidroxilação dos carbonos 20 e 22 da cadeia lateral do colesterol logo após isso a ligação entre esses carbonos é clivada pela desmolase gerando a pregnenolona.
Depois com hidroxilação e isomerização da pregnenolona é gerada a progesterona e os hormônios são originados por ela.
Além de todas essas funções importantes é o colesterol que ataca os microorganismos causadores de algumas infecções e ele é um dos compostos da bainha de mielina e sem ela a estrutura cerebral fica em risco e a condução dos nossos impulsos nervosos fica prejudicada, algo que pode ser visto no filme óleo de Lorenzo.

Referências:

Principios de Bioquímica de Lehninger
Bioquimica Básica - Bayardo B.Torres

Hipercolesterolemia

No Post de hoje irei falar sobre a Hipercolesterolemia, que se trata de uma forma de manifestação da dislipidemia que já foi falada no post anterior. É o aumento da concentração de LDL no sangue, fazendo com que a pessoa que possua essa desarrumação metabólica tenha o colesterol em níveis bastante elevados. A Hipercolesterolemia pode ser causada por maus hábitos alimentares com ingestão elevada de alimentos ricos em colesterol e uma rotina sedentária. Pode ocorrer também por uma predisposição genética que se trata de uma desordem autossômica dominante que produz a elevação do colesterol total e LDL.
A Hipercolesterolemia comum ocorre por motivos exógenos, isto é o individuo que possui uma dieta inadequada e que consuma alimentos ricos em gorduras trans e gorduras saturadas, tabagismo, sedentarismo e alcoolismo. Nesse caso para o individuo se tratar basta uma mudança de hábitos alimentares com ingestão de frutas, legumes e verduras além de alimentos ricos em fibras e o auxilio de exercícios físicos.
Porém, nem tudo é tão simples assim, pois além da hipercolesterolemia comum existe também a hipercolesterolemia familiar que nesse caso a formação, metabolização e "destruição" do colesterol pelo organismo são deficientes. Assim, mesmo que a pessoa seja atleta, com dieta adequada e sem outras doenças, ela pode ter níveis elevados de colesterol. Existe um defeito na capacidade das LDL se ligarem aos receptores, e não há inibição por “feed-back” da síntese de colesterol.
A Hipercolesterolemia familiar pode ser homozigótica aonde há a ausência total dos receptores de LDL ou heterozigótica aonde o individuo possui metade dos receptores de LDL. A HF homozigótica felizmente é mais rara, tem prevalência de 1 em 1 milhão de indivíduos e valores de LDL-Colesterol acima de 600 mg/dl, além da presença de aterosclerose precoce, com acometimento cardiovascular já na infância e na forma heterozigótica os níveis de LDL-colesterol plasmático se situam, geralmente entre 200 mg/dl e 400 mg/dl, esses desenvolvem comumente doenças cardíacas antes de atingirem a meia-idade.
O mecanismo da HF tem a absorção celular de LDL e IDL comprometidas e consequentemente o aumento da concentração plasmática dos dois. Quando o LDL se liga aos receptores de LDL na célula, a partícula de LDL é internalizada na célula por uma estrutura especializada chamada depressão revestida e dessa maneira o LDL se degrada em colesterol livre, que é um importante sinal regulador intracelular que resulta numa diminuição de ingestão celular do colesterol exógeno. Em heterozigotos que possuem função anormal dos receptores de LDL, o sinal para limitar a ingestão de colesterol exógeno ainda é recebido, mas apenas em altos níveis de LDL. O que acontece é que esses indivíduos possuem um mecanismo homeostático qualitativamente normal, mas que funciona apenas em altos níveis de LDL e colesterol, é por isso que a chance de ocorrerem outras doenças cardíacas é muito grande, a HF pode contribuir para a desfunção endotelial que é um passo importante para o processo de aterosclerose


Uma das formas de manifestação das hipercolesterolemias são os xantomas, formados em uma tentativa natural do organismo de se proteger contra o acúmulo de LDL, dessa forma os macrófagos fagocitam a gordura depositada nos tecidos. No entanto, os macrófagos não conseguem eliminar completamente os lipídios, como fazem com microrganismos, e se transformam em células cheias de gordura, que, por não terem para onde ir, se acumulam e  se infiltram sob a superfície da pele.



Para o Tratamento de HF além de restrições alimentares diminuindo o colesterol exógeno é necessário o uso de algumas armas químicas contra o colesterol como as estatinas, um exemplo é a Lovastatina que pode reduzir em até 50% os níveis de colesterol.(para entenderem melhor o mecanismo das estatinas deem uma olhada no post da mariana sobre estatinas)

Lovastatina

Ácido Nicotínico (Vitamina B3) também é bem vindo para o tratamento de hipercolesterolemia, pois ele é capaz de diminuir a concentração de VLDL, o que acaba por reduzir a concentração de LDL e aumentar a concentração de HDL. O uso de “seqüestradores” de ácido biliar é outra forma de tratamento bastante eficaz que são resinas de troca iônica. Como o colesterol é o precursor dos sais biliares e, quantitativamente, esta conversão é a mais importante via de excreção do colesterol nos mamíferos. Os sais biliares são sintetizados pelo fígado e secretados no duodeno, onde atuam como agentes emulsificantes dos lipídeos, importante para a absorção destes, mas também são essenciais para a solubilização do material lipídico hidrolisado (formação de micelas) crucial para a absorção. Um eficiente sistema de reciclagem desses sais propicia o seu retorno ao fígado (cerca de 95%). Essa reciclagem pode ser quebrada pela utilização dos “sequestradores”  (resina+ Cl-  a qual troca  Cl- por sais biliares-), colestiramina ou hidrocloreto de colestipol, e assim mais colesterol do fígado e das LDL é desviado para produzir um complexo resina-sal biliar não absorvivel que é facilmente eliminado nas fezes.
Na dieta é importante fazer misturas de fibras e proteínas, conduzindo o aumento do catabolismo do colesterol. O mecanismo dessa ação é que as fibras ligam-se aos ácidos biliares, levando assim a um aumento na degradação do colesterol e da excreção pela via dos ácidos biliares.
Dessa forma concluímos que, o uso combinado de uma dieta balanceada, e o auxilio de fármacos poderá resultar numa queda plasmática do colesterol de 50 a 60%, sendo q o individuo com hipercolesterolemia familiar deve ter um acompanhamento dietético desde a infância.

Pessoas com HF homozigótica têm sido tratadas com o transplante de fígado no sentido de mantê-las com uma fonte celular que contenha um gene funcional.
Referências:

Krause - Alimentos, Nutrição & Dietoterapia

domingo, 5 de junho de 2011

Deslipidemia

A deslipidemia, também chamada de hiperlipidêmia, é causada pelo aumento de colesterol e triglicerídeos na circulação sanguínea.Cerca de 60% do colesterol é produzida pelo fígado e os outros 40% são adquiridos através da alimentação, principalmente alimentos de origem animal.O colesterol é essencial para o organismo humano, porém em grandes quantidades pode trazer diversos malefícios.Muitas pessoas que possuem diabetes, obesidade e doenças cardíacas, possuem níveis elevados de triglicerídeos.
As principais causas da deslipidemia são a ingestão de uma dieta rica em gorduras, o aumento de produção de colesterol e triglicerídeos pelo o organismo, ou ambas as coisas, ou seja, estar com o aumento de peso,ser sedentário, possuir uma dieta inadequada podem influenciar no surgimento da deslipidemia. Outro fator, que não se relaciona com os citados acima e a genética, existem pessoa que possuem uma genética favorável para o surgimento de determinadas doenças,como a deslipidemia.

Como colesterol e triglicerídeos altos não provocam sintomas visíveis nas pessoas, deve-se realizar exames de sangue para saber os níveis dessas gorduras no sangue,ajudando a prevenir doenças como infarto, derrames e outras.A deslipidemia se trata a partir de uma mudança no estilo de vida como seguir uma dieta balanceada, praticar exercícios físicos,manter um peso adequado,não fumar e reduzir a ingestão de carboidratos.

Referencia: www.institutoprocardiaco.com.br